segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Um homem, oito provas II

Phelps Segundo dia, parte dois da saga de Michael Phelps. A segunda prova do caminho do nadador em direção a seu objetivo (o novo recorde de medalhas em uma só edição dos Jogos) era uma das mais duras. O revezamento 4x100m livre foi uma das duas provas que Phelps (nesse caso, a equipe norte-americana da qual ele faz parte) não levou o ouro em Atenas. Por isso, a tensão para a prova era grande. Poderia ser o fim de um sonho ainda em seu começo.

Os principais adversários do time dos Estados Unidos eram conhecidos: a França e a Austrália. Dois países com nadadores bons o suficiente para almejar a conquista do ouro e, com isso, acabar com a ambição do fenômeno das piscinas. E, como previsto, a prova foi realmente complicada. Tanto foi, que Phelps terminou a primeira parcial pelo time americano somente em segundo lugar (algo incomum para ele), atrás dos australianos.

Após três nadadores de cada equipe, a meta de Phelps parecia estar muito próxima do fim precoce. Os Estados Unidos permaneciam na segunda colocação. Para piorar, a distância em relação aos franceses, primeiros lugares, era de mais de meio segundo – muito para natação. E se a situação já não era alarmante o suficiente, a França ainda teria na parte final simplesmente o recordista mundial da distância, Alain Bernard.

E aí, o inesperado aconteceu. De modo até certo ponto inacreditável, o americano Jason Lezak deu um maravilhoso sprint nos 25 metros finais e passou Bernard por oito centésimos. Daquelas diferenças que, a olho nu, não se tem certeza do vitorioso. Precisou-se de confirmação oficial para saber com certeza quem havia sido o vencedor. Um final cheio de emoção, que fez Phelps comemorar como se tivesse ganho a primeira prova de sua vida.

O principal objetivo deste blog é analisar os principais momentos das Olimpíadas. Porém, há raras situações em que só uma descrição detalhada do que aconteceu em um evento pode transmitir a emoção sentida quando algo aconteceu. E o revezamento 4x100m livre foi um destes momentos raros. Uma emoção inexplicável até para quem não torce para Phelps. Viradas assim são raras. E, com certeza, esta ficará na memória de todos que assistiram por muito tempo.

2 comentários:

Claudio Ferreira disse...

Incrível essa prova!!! Até eu que não gosto de natação, fiquei eufórico com uma vitória tão espetacular.

Anônimo disse...

Melhor momento das olimpiadas até agora, IMO. Como o claudio disse, foi espetacular, torci muito e fiquei boba quando veio a confirmaçao q o time americano ganhou. Sensacional!