terça-feira, 19 de agosto de 2008

Vôlei avança

Brasil Depois de tantos fracassos em diversos esportes, o Brasil tem poucas esperanças de medalha restantes. De ouro, menos ainda. Entre as que sobraram, o vôlei capitaliza a maioria. O País tem chances reais de título tanto no vôlei de quadra, feminino e masculino, quanto no vôlei de praia masculino.

A maior das possibilidades parece estar com as meninas da quadra. O principal desafio delas, como já abordado pelo HJO2008, começou na partida contra a Itália. As seleções brasileiras de vôlei feminino têm histórico de perder em momentos decisivos. Só que isso pode estar mudando. O primeiro destes momentos em Pequim, contra a Itália, mostrou um time preparado para superar esse trauma. Uma vitória por 3 sets a 0 com domínio amplo.

Logo após, já no mata-mata, contra o Japão, as comandadas de José Roberto Guimarães venceram sua segunda decisão. Mais uma vez, com um 3 a 0. Com uma estatística muito favorável: as meninas do Brasil estão, até o momento, sem perder nenhum set nos Jogos Olímpicos. Desta maneira, mantendo a concentração e a confiança, será difícil para qualquer adversário bater as brasileiras.

Entre os homens da quadra, a situação é mais hesitante. Tudo começou com a Liga Mundial, onde o time de Bernardinho, acostumado a ganhar tudo, terminou somente em quarto lugar. Depois, os atletas chegaram tensos à China. Demonstraram uma pequena melhora nos primeiros confrontos, mas perderam para a Rússia em um jogo em que nenhuma jogada deu certo.

Voltaram a vencer e terminaram a primeira fase na liderança. Apesar disso, o conjunto ainda não passou a segurança de outros momentos. Em potencial e qualidade individual, o Brasil continua sendo a melhor seleção do vôlei masculino. Entretanto, isso não será suficiente. Ou o time cresce no momento certo – que é agora, o início do mata-mata – ou o ouro corre grande risco.

No vôlei de praia masculino, o Brasil reina. As duas duplas do País chegaram às semifinais, onde se enfrentarão. Por isso, ao menos uma prata está garantida. Porém, ainda não se sabe para quem. Uma partida entre Ricardo e Emanuel e Márcio e Fábio Luiz é imprevisível. Obviamente, a presença dos primeiros na final, mais experientes, daria maior favoritismo. Entretanto, as duas duplas têm qualidade para chegar à decisão e levar o ouro.

Se, até agora, a sensação do desempenho do País nas Olimpíadas é de decepção, o vôlei parece o caminho mais claro para mudar esse panorama. Espera-se que não sejam novas decepções.