quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O esporte quase não-olímpico

Futebol O futebol nunca foi o melhor amigo das Olimpíadas. Depois da criação da Copa do Mundo, em 1930, a Fifa criou diversos artifícios para desvalorizar a competição futebolística dos Jogos Olímpicos. Dessa maneira, não haveria nenhuma competição que pudesse se equiparar em qualidade à Copa, tornando-a momento único para os fãs da modalidade. Assim, todo dinheiro que está envolto em uma disputa de tal magnitude não precisaria ser dividido com uma segunda disputa, idêntica, chefiada pelo Comitê Olímpico.

A atual regra imposta pela Fifa com o intuito de reduzir a qualidade da disputa do futebol nas Olimpíadas obriga os países classificados a convocar somente jogadores sub-23 para compor seus elencos. Os treinadores podem chamar até três jogadores acima dessa idade, porém nenhum clube é obrigado a liberar esses atletas mais velhos. Foi por essa não-obrigação, aliás, que Kaká e Robinho não estarão em Pequim: Milan e Real Madrid, respectivamente, não os cederam à equipe de Dunga.

Por tudo isso, fica clara a razão de a popularidade do futebol dentro dos Jogos Olímpicos ser tão baixa. Atrativos de verdade, com jogadores dessa idade, são poucos. Messi e Riquelme (liberado pelo Boca Juniors) pela Argentina, Alexandre Pato e Ronaldinho (liberado pelo Milan, diz-se, por exigência do jogador ao assinar contrato com o clube italiano) pelo Brasil. No máximo.

Se a FIFA tenta separar o melhor do futebol da disputa olímpica, o Comitê Olímpico também não faz por menos. O divórcio entre o futebol e as outras modalidades é tão grande que um fato absurdo pode ser notado nesta edição: a cerimônia de abertura acontecerá somente na sexta-feira, e, mesmo assim, já haverá partidas de futebol feminino acontecendo hoje, dois dias antes.

Nesse caso, ao menos, com verdadeiros atrativos: o futebol das mulheres, que recebe menor atenção de quase todas as federações e confederações ao redor do mundo, não tem qualquer tipo de regra discriminatória para os Jogos. Isso faz com que a disputa entre elas seja tão boa quanto a que ocorre nas Copas. Portanto, teremos em campo, sem nenhuma exceção, como as que há entre os homens, as maiores estrelas. Entre elas, Marta, a atual melhor do mundo.

E não haveria melhor jogo para dar início à briga pelo ouro: Brasil e Alemanha, repetição da final da última Copa das mulheres. O Brasil, vice-campeão, manteve a base da equipe que encantou o mundo e pretende tirar a coroa das fortes alemãs, principais favoritas ao título. Um jogo para o verdadeiro fã do esporte bretão. Até porque futebol de verdade, nas Olimpíadas, só feminino mesmo.

2 comentários:

Anônimo disse...

O futebol pro si só ja é um atrativo.Acho certo q a FIFA não libere jogadores acima d 23,assim a Copa continua com aquela atmosfera sensacional,e as olimpiadas fica com o futebol q sempre sera visto.Discordo um pouco as jogadores,acho q temos 3 craques,Messi e Riquelme na Argentina e o Ronaldinho no Brasil,mas teremos ótimos jogadores tbm como por exemplo o Diego,Pato,Aguero,Gago,Giovinco,Babel,Makaay,Kalou entre outros.
Como disse,o futebol sempre tera atenção pq eh o mais fascinante esporte,e tem q ser tratado de forma diferente msm.

Anônimo disse...

acho até mais interessante as Olimpíadas terem jogadores até 23 anos no masculino, pq dá a possibilidade pra pessoa q gosta de assistir futebol analisar a nova safra de jogadores e ter uma idéia de quais poderão ser as novas caras numa Copa do Mundo dois anos mais pra frente. E sem sombra de dúvidas nós estamos muito bem servidos nessas Olimpíadas: Pato, Diego, Anderson, Lucas, Breno, Messi, Aguero, Gago, Kalou e mais uma porção de bons jogadores