quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Medalha inesperada

Natação Em entrevista à Marília Gabriela, Fernando Scherer, empresário do nadador César Cielo, disse que seu cliente ganharia uma medalha nos Jogos Olímpicos. Se não nesta, na próxima. Pois a medalha veio rapidamente e de modo inesperado. Afinal, os 100m livre, onde Cielo acabou de conquistar o bronze, nem é a maior especialidade dele – que é os 50m livre.

Foi um feito especial, de superação. Principalmente se lembrado que, por muito pouco, o nadador brasileiro não ficou fora da final da prova. Ele teve a oitava melhor marca das semifinais, a última que o classificaria para a decisão. Na final, para chegar ao terceiro lugar, ele nadou abaixo de sua melhor marca individual, batendo o recorde sul-americano da prova.

Para se ter melhor idéia do ótimo desempenho de Cielo na final, ele empatou no bronze com ninguém menos que Jason Lezak. O mesmo que, na segunda-feira, disparou no revezamento 4x100m livre para passar o francês recordista mundial e garantir o ouro que parecia impossível para a equipe americana.

Se, no judô, até o momento, nosso resultado é abaixo do esperado, Cielo conquistou um bronze que não estava dentro do previsto. Motivo para comemoração.

3 comentários:

Anônimo disse...

realmente eu nao esperava medalhas na natação nao,foi uma gde surpresa positiva,ele gde potencial olimpico,eh provavel q ele venha a ganhar mais medalhas,se nao nessa na proxima olimpiada

Unknown disse...

Um dos poucos momentos realmente positivos para o Brasil nesta olimpíada!
E como você mesmo falou em outro artigo, é impressionante esse nacionalismo injustificado da parte de alguns jornalistas do Brasil. Eu ouvi em alguns momentos, comparações absurdas entre os nadadores, cheguei a ouvir inclusive um comentário de que o Cielo teria inclusive uma chance relevante de até "bater" o Michael Phelps, quando é evidente a disparidade de preparação e experiência que os dois nadadores têm...

Filipe Lima disse...

É isso mesmo!

O único comentário possível em situações assim é "Em prova com Phelps, segundo lugar é ouro".

Mas não, enganar o público é legal.

Até porque há um público que infelizmente só gosta de jornalista assim (que não deveria nem ser chamado de jornalista, mas, sim, torcedor). Que mente. Que diz que o brasileiro é muito melhor do que realmente é.

E não é por falta de vivência. O público já viu mil vezes que essas afirmações são mentirosas. No fim, o brasileiro acaba não ganhando. E aí, ao invés de deixar de escutar essas pessoas, esse público acredita que o brasileiro foi roubado ou deu azar.

E aí, fica tudo pronto para a próxima mentira que agrade.

A culpa é do jornalista que fala, mas também do público que acredita eternamente e dá audiência.