sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Chances brasileiras

Medalhas Somadas as medalhas de todos os Jogos Olímpicos, o Brasil chega a Pequim ocupando a 36ª posição do quadro geral. Desde sua primeira participação, em 1920, em Antuérpia, o País soma 76 medalhas. Delas, 17 de ouro, 21 de prata e 38 de bronze.

Pode-se dizer que esse desempenho não é dos melhores. Um fato interessante ajuda a embasar essa análise: os brasileiros só ultrapassaram a Argentina após a edição de 2004, em Atenas. Isso, apesar de ter uma economia similar, se for para analisar a capacidade financeira de investimento em esporte de alto rendimento, e uma população quase cinco vezes maior à dos hermanos.

Após 1920, quando o Brasil conquistou seu primeiro ouro, com Guilherme Paraense, no tiro, a espera pela segunda vez no lugar mais alto do pódio foi grande. Um intervalo de 32 anos, até Adhemar Ferreira da Silva vencer a prova do salto triplo em Helsinque e voltar a repetir o feito quatro anos depois, em Melbourne. Depois de Adhemar, mais um período de 24 anos de seca, até 1980, em Moscou, quando a vela trouxe dois ouros para terras tupiniquins.

Desde Moscou, o Brasil só deixou de trazer ouro de uma Olimpíada em 2000, em Sydney. Excetuando-se essa edição, a quantidade de ouros brasileiros apresenta um claro processo evolutivo, que pode gerar boa expectativa ao torcedor.

Confira:
▪ 1984 – Los Angeles: 1 ouro.
▪ 1988 – Seoul: 1 ouro.
▪ 1992 – Barcelona: 2 ouros.
▪ 1996 – Atlanta: 3 ouros.
▪ 2004 – Atenas: 5 ouros.

Seguindo a lógica desses números, que mostram que o País mantém ou aumenta seu número de ouros, pode-se projetar um mínimo de cinco ouros para a atual edição. Porém, além de matematicamente, será que esse é um número possível esportivamente falando? E sem aquele ufanismo exagerado, que indica, por exemplo, Thiago Pereira como candidato a um ouro quase impossível, dado que ele irá enfrentar o fenômeno das piscinas Michael Phelps.

Para se chegar a uma conclusão coerente, sem nacionalismo, veja, abaixo, os verdadeiros postulantes do Brasil a ouro na China:

No vôlei de praia, Ricardo e Emanuel lideram com folga o ranking mundial. O mesmo se dá com a dupla feminina Juliana e Larissa. Porém, no caso delas, deve-se lembrar que Juliana está lesionada e será substituída por Ana Paula, o que pode atrapalhar no quesito entrosamento.

Diego Hypólito venceu o último mundial de ginástica, em Stuttgart, na categoria solo, e é indicado pela revista International Gymnast como favorito ao ouro olímpico nesse aparelho.

Apesar de ficar fora do pódio na última Liga Mundial, o time de vôlei de quadra masculino ainda é considerado grande favorito ao título em Pequim. No Grand Prix deste ano, principal competição de vôlei feminino, as meninas brasileiras foram as campeãs.

Para fechar, os judocas João Derly, Tiago Camilo e Luciano Corrêa são os atuais campeões mundiais em suas categorias e vão à China como favoritos.

Nessa lista, temos oito reais candidatos a campeões olímpicos. Assim, tirante zebras, nosso horizonte para a quebra de recorde de ouros em uma edição de Jogos Olímpicos é bom.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tanto no volei de quadra como no volei de praia nós temos chances de medalhas de ouro, o problema é q no feminino das duas categorias, temos pequenos "problemas": na quadra as meninas vivem perdendo pro pscológico e na praia teve a contusão da Juliana...
Já no masculino eu acho q somos favoritíssimos e dificilmente perderemos.
No futebol pode ser q as meninas levem(masculino acho q não)...
Judô pelo menos uma, contando q temos 3 campeões mundiais na equipe.
Ginástica acho muito difícil perdermos com o Diego, se bem q como é a sua primeira, ele pode sentir a pressão. Uma pena a Jade não ter um emocional tão bom, porque senão ela seria uma das candidatas, afinal ficou em terceira no mundial.
E pra terminar, na vela temos o Scheidt, q mesmo mudando de classe recentemente já foi campeão ano passado...

Acho q não esqueci de ninguém... rssssss